O mineral halita, cloreto de sódio (NaCl), tem seu nome mineralógico originário da palavra latina sal, que deriva do grego antigo alas ou alati no idioma atual. O termo halita, em geral, refere-se às suas ocorrências naturais, tais como sal de rocha, sal gema ou sal fóssil. O sal, também conhecido como cloreto de sódio (NaCl), é constituído de dois elementos: sódio e cloro. O sódio é um elemento metálico de cor prata, bastante instável, o qual reage violentamente na presença de água, enquanto que o cloro é um gás perigoso, que pode ser letal. A combinação destes dois elementos forma o cloreto de sódio, que é um composto branco essencial à própria vida humana.
Virtualmente, toda pessoa no mundo tem contato direto ou indireto com o sal, diariamente. Para se ter uma idéia, 0,28% do peso do corpo humano é constituído de cloreto de sódio. É comum, as pessoas acrescentarem sal à comida como uma forma de enaltecer o sabor ou conservá-la por mais tempo. No hemisfério Norte é comum aplicar-se sal granulado nos passeios públicos ou rodovias, para remover o gelo no inverno. A história registra exemplos da grande influência do sal, tendo a existência deste recurso mineral, em determinados locais, propiciado o surgimento de cidades, influenciando os seus nomes, tais como Salzburg na Áustria, Salzgitter na Alemanha e Saltville nos EUA. Populações migraram em busca de sal e guerras foram travadas para sua obtenção ou proteção.
As propriedades mágicas e medicinais deste mineral são incontáveis, você pode usá-lo em solução com água e iodo para gargarejo na cura da laringite, dor de garganta, amigdalite. Para a remoção de dor de dente aguda, use uma solução de água morna com halita, além disso pode-se remover furúnculos e bronquite se colocar uma solução de halita com água quente sobre o local afetado.
Em quase todas as culturas o sal é apresentado como um talismã poderoso contra maus espíritos, bruxaria, males e demandas. Se você usar a halita como um talismã, é possível atrair o amor, sorte, simpatia pelas pessoas ao seu redor. Como guardião, a halita pode armazenar as lesões, feridas, precipitando os ataques das pessoas. Limpará o espaço negativo da mente e trará uma carreira de sucesso.
Jesus disse: “Sois o sal da terra. Ora, se o sal se decompor, com que se salgará?”. A frase foi registrada pelo apóstolo Mateus no Novo Testamento e revela o duplo significado do sal: conservar a união com Deus e dar gosta à vida. Existem registros do uso do sal datados de 5 mil anos atrás. O sal foi usado na Babilônia, no Egito, na China e em civilizações pré-colombianas. Nas civilizações mais antigas, contudo, apenas as populações costeiras tinham acesso a ele. Ainda assim, existiam períodos de escassez ocasionados por condições climáticas e por períodos de elevação do nível do mar.
Foi apenas na Idade Média que a tecnologia de mineração começou a se desenvolver. Escasso e precioso, o sal era vendido a peso de ouro. Em diversas ocasiões, foi usado como dinheiro. Entre os exemplos históricos mais conhecidos figura o costume romano de pagar com sal parte da remuneração dos soldados, o que deu origem à palavra salário (do latim “salariu”). Por ser tão valioso, o sal foi alvo de muitas disputas. Roma e Cartago entraram em guerra em 250 a.C. pelo domínio da produção e da distribuição do sal no Mar Adriático e no Mediterrâneo. E após vencer os cartagineses, o exército romano salgou as terras do inimigo, para que se tornassem estéreis.
Cerca de 110 a.C., o Imperador chinês Han Wu Di iniciou o monopólio do comércio de sal no país, transformando a “pirataria de sal” em crime sujeito à pena de morte. O monopólio e o peso dos impostos sobre o sal foram estopim de grandes rebeliões. Na França, a elevação de uma taxa criada em 1340, chamada “gabelle”, ajudou a desencadear a Revolução, em 1789. Séculos depois, na Índia, as taxas abusivas cobradas pelos ingleses encorajaram o movimento da desobediência civil, liderado por Ghandi, na década de 1930.
O sal está presente em rituais religiosos de diversas épocas e civilizações. Foi usado por gregos, romanos, asiáticos e árabes. Nas crenças populares, ele é um ingrediente obrigatório para afastar energias negativas e mau-olhado. Em várias culturas, acredita-se que o sal tem o poder de afastar espíritos densos e as energias negativas. Por essa razão, era oferecido aos deuses para afastar os demônios e muitos sacerdotes utilizavam-no nos rituais e nas cerimônias mágicas.
Os árabes citam recomendações de Maomé para: “começar pelo sal e terminar com o sal; porque o sal cura numerosos males”. Também é considerado símbolo da incorruptibilidade – pois é a marca da eternidade e da pureza, porque jamais apodrece ou se corrompe; e da lealdade – como pode ser visto na Bíblia, o termo “aliança de sal” designa uma relação com Deus que não pode ser rompida.
Largamente utilizado pelos esotéricos, o sal é recomendado para a limpeza da aura, ou seja, o campo de luz que envolve o corpo humano. Quando a aura está saturada, o sal é o único composto que a recompõe rapidamente. Segundo o esoterismo, o banho de água e sal é excelente para expandir a aura. Mas, para isso, deve seguir algumas regras:
Primeiramente, deve-se tomar o banho normalmente, deixando ao lado um recipiente com água morna e sal grosso. Após o banho normal, despeja-se essa água com sal do pescoço para baixo, segurando o recipiente com ambas as mãos. O conhecimento esotérico indica que não se deve jogar na cabeça. Também não há necessidade de esfregar a água e o sal, já que o banho não atua no corpo físico, mas sim no corpo astral. Basta simplesmente jogar a água com sal sobre o seu corpo. Depois, não é indicado enxugar-se com movimentos de expulsão, ou seja, de baixo para cima ou para os lados, o correto é apenas deixar a toalha absorver a água.
Uma curiosidade a respeito do banho com sal grosso é que, dizem as tradições, ele deve sempre ser tomado nas segundas, nas quartas e, de preferência, nas sextas-feiras. Além disso, deve-se evitar os dias ímpares.
O sal é um cristal e, por isso, emite ondas eletromagnéticas que podem ser medidas pela radiestesia (técnica que utiliza pêndulos para identificar e alterar os campos vibratórios). Experiências mostraram que ao colocar-se o pêndulo sobre um monte de sal, é possível detectar o mesmo comprimento de onda da cor violeta, capaz de neutralizar os campos eletromagnéticos negativos.
A sabedoria popular vai pela mesma linha: como as energias densas costumam se concentrar nos cantos dos ambientes, costuma-se colocar um copo de água com sal grosso em pelo menos dois cantos. Quando se formarem bolhas, é hora de trocar a salmoura por outra.
O mesmo efeito purificador explica o famoso banho de sal grosso e o antigo escalda-pés (mergulhar os pés em uma salmoura morna): ambos têm o poder de neutralizar a eletricidade do corpo.
No candomblé, religião trazida para o Brasil pelos escravos africanos, o sal tem importância fundamental. Na tradição africana, quando uma pessoa muda, deve entrar na nova casa levando primeiramente um copo de água e outro de sal.
Já na tradição judaica, quem muda de casa é presenteado com pão (para que nunca falte alimento) e com sal (símbolo da união indestrutível). No Oriente Médio acredita-se que quando duas pessoas comem sal juntas formam um vínculo. Por isso, é costume usar sal para selar um contrato ou acordo.
Existe uma superstição que indica que derrubar sal na mesa é sinal de mau agouro. Em sua obra “Dicionário do Folclore Brasileiro”, Luís da Câmara Cascudo cita que Leonardo da Vinci, ao pintar o famoso quadro “A Santa Ceia”, colocou o saleiro entornado diante de Judas.
FICHA TÉCNICA DA HALITA
Dureza: 2,5 mohs
Composição química: cloreto de sódio (NaCl)
Origem: Rússia, Ucrânia, Áustria, Alemanha, Polônia
Efeitos esotéricos e psíquicos:
- Limpeza energética de ambiente ou indivíduos
- Pode tornar a terra estéril
- Agente de conservação
- Neutralizador da eletricidade do corpo
- Proteção contra mau olhado, maus espíritos e demandas
Efeitos terapêuticos:
- Limpeza e cicatrização de feridas
- Dor de garganta
- Furúnculos